quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dia das Mães


Dia das Mães e seus tantos significados!
Sim, muitos significados e prazerosas memórias.
Renascimento, Carinho, Colo, Abraços, Cafuné, Beijos, Broncas, Desabafos, Saudades!

Ter nascido já deve nos fazer eternamente gratos à essas mulheres!
Algumas só se dão conta do seu valor, quando se tornam mães. Outras, quando perdem. E tem aqueles que nem quando perdem notam a presença desse anjo que Deus nos concedeu para chegarmos aqui.

É dia de beijos e abraços. E todos os dias deveriam ser assim: cheios de perfumes de flores e regado a abraços e carinho, tolerância e respeito.

Envolver o pescoço dela com seus braços e sentir o calor do seu abraço, remeter-se a vida uterina quando sufocada pela emoção desse laço. São momentos que quem pode, deveria gozar plenamente!

Um dia passa... e fica a saudade.

A saudade é boa. No princípio dilacera. Mas depois, acostuma-se. Aprendemos a viver com ela e a tirar o proveito do que há de melhor nela. Apagamos as discussões, as briguinhas da adolescência. Priorizamos os bons momentos e cristalizamos essa essência como a relação.

Ao falarmos delas, o olhar fica doce, a pupila se dilata, e um sorriso brota mesmo sem querer, em nosso rosto. Relembramos nossas tardes juntas, nossos passeios e viagens, e claro, nossos planos, que eram tantos! E o olhar fica mais doce e leve.
É o que acontece com aquelas pessoas que tem mães que foram promovidas a anjos!

Tá, mas ... e o dia das Mães?

Esse dia é nosso!
Mães de barriga, mãe de adoção, mães que são tias, mães que são avós. Mães de gente que cresce, que aprende, que entende, que ama.
Mães que educam, que repreendem, que dizem não. Que sabem ouvir, que sabem calar, e até que sabem cantar, para tornar o dia a dia mais doce.
Mães de gente, mães de criação. Mães de coração!

Filhos não imaginam o valor do dia das mães. Não pela data, mas pelo fardo delicioso que carregamos!

Um feliz dia das Mães para todas as filhas e Mães!


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Minha mãe foi fantástica! Uma relação intensa de amor e amizade.
Me promoveu toda a independência que eu precisava para aprender a andar, me abraçou todos os dias, rezou comigo, chorou e sorriu ao meu lado. Lado a lado. Cumpriu seu papel!

E a gratidão se estende ao João Pedro que me propiciou esse presente de ser mãe dele!


À minha amada Cleide, obrigada e viva seu dia também!

Ao meu amado filho, obrigada por me tornar mãe! 
Amo ser sua mãe!

domingo, 4 de maio de 2014

Gato por Lebre

Essa postagem sai do coração, sem rascunho, sem revisão.
Sem preocupação em agradar ou ser polida. Simplesmente um desabafo de opinião no papel (ops! na rede).
Muita gente já falou sobre isso, e minha opinião é apenas mais uma na multidão, eu sei. Ainda assim, quero expor, porque por mais que se fale, parece que nunca se esgota o assunto, e sempre brotam novos ramos.
Parir é o só começo, e qualquer uma pari, uma vez gestante.
Ser mãe, são outros quinhentos, como se diz.
Fiquei horrorisada com o destrato, posso até dizer desamor de uma mãe com a filha.
Uma bolotinha rosada, de vestidinho vermelho, cabelinhos anelados e bochechas moles de tão gorduchas!
Uma mulher, que a julgar pela atitude daquele momento, não dá pra chamar de mãe. Era enorme e desajeitada, desengonçada, grosseira. Segurava a menina como quem segura um abacaxi. Chacoalhava para cala-la. E quando ela se convenceu que não dava mais para ignorar o pedido de carinho da filha, sentou ela no seu colo, e foi possível ver as marcas vermelhas dos beliscões que ela recebeu em suas coxinhas roliças.
Meu coração doeu. Minha indignação gemeu! Que vontade de fazer alguma coisa!
Fazer o que?
Me apiedei.
Corri pegar meu filho e mostrar sua sorte diferente. Mesmo sabendo que estava alheio aquela cena.
Outras mulheres, mães acredito, também notaram e ficaram indignadas.

Mas, fazer o que?
Estou despreparada para uma situação dessas.

Se adiantasse alguma coisa, eu diria a todas as mulheres que tem vontade de ter filho, como um sonho de consumo, que 50% desse sonho não é sonho, é pesadelo (para algumas mulheres é!). Os outros 50% irão depender de como ela irá lidar com os primeiros 50.

"Parir é fácil". É fichinha!

Abdicar dia após dia;
Fazer escolhas cada vez menos centradas em nós;
Doar-se integralmente;
Abrir mão de necessidades fisiológicas, para atender necessidades fisiológicas dos outros;
Ouvir;
Interagir;
Envolver-se, realmente;
Entrar no mundo deles;
Estudar o mundo deles, incansavelmente, fase a fase;
Ter paciência maior que a de Jó!
Aliás, paciência e segurança. Mas segurança embasada, não empírica. Procurar fazer o melhor implica em ter interesse real no assunto. Pesquisar, seja lendo, conversando, trocando experiências.
SER mãe, de fato.

E quando estamos seguras, mesmo que nunca 100% , eles, nossos filhos, percebem e correspondem.

Mas o que vejo, e o que vi nessa mulher, e infelizmente ela não é um caso isolado, são mulheres que almejam ter a família redondinha do comercial de margarina. Todo mundo à mesa, sorrindo, o papai presente, lindão, barbeado, a mamãe, lindona, esbelta, sorridente, preparando o café da manhã perfeito, made Alice no país das maravilhas, as crianças limpas (sim, limpas), sempre felizes, fazendo um barulho encantador num cenário belamente organizado.

HELLOOOWWWW!

Por mais que essas mulheres digam que sabem que não é assim, eu berro aos ventos:
"Não é assim mesmo! De verdade"

Não vou falar das maravilhas e satisfações da maternidade que são inúmeras. Não vem ao caso. Sabe por que? Porque se não temos maturidade emocional para lidar com essas dificuldades que vem com essa transformação na vida, as maravilhas não são tão maravilhosas assim.
Uma coisa é decorrente da outra.
Estar certa de que será um desafio, o maior deles com certeza, é o começo talvez.

Meu desejo: Não ver mais mulheres assim. Tratando seus filhos como estorvos. Como coisas imprevistas que extrapolam sua vontade e que as fazem passar vexames.
Usar de força injusta, seja física ou psicológica. É tão injusto, é tão ... covarde.
Minha meta: Não ser assim. E se eu for em algum momento, que Deus coloque em minha vida uma pessoa amiga e consciênciosa para me alertar!

Mulheres não comprem gato por lebre.
Filhos não são passíveis de troca. Mas eu sei que vocês sabem disso.